sábado, 16 de outubro de 2010

EU, PECADOR, ME CONFESSO

1. Houve um tempo, quando era mais jovem, em que supunha encontrar defeitos em determinados homens políticos. Palermice juvenil, sei-o agora: o defeito está nos grupos de que fazem parte.
2. Gente boa, assim-assim e nem por isso, há-a por toda a parte. Problema real é o facto de os grupos políticos organizados, institucionalizados -isto é, com vocação de permanência- fazerem um cerco ao Poder e servirem-se dele; como é natural, como é humano: podem -fazem.
3. O sistema só se rompe de duas formas: ou com a habitual e indesejável violência, que traz novos problemas aos que já existem e, no fundo, acaba por não resolver nada; ou através de uma nova forma de acesso ao Poder, isto é, de um partido que não se institucionalize, que não permaneça, que sirva apenas para ir a eleições. Como a abelha, que depois de picar morre.
4. Há uma solução para os problemas da democracia: a democracia (por isso ela é tão frágil; mas também por isso tão forte, por verdadeira).
5. Há uma solução para o déficit de representação parlamentar: um partido-abelha: http://partidoabelha.blogspot.com/
6. Há um problema a resolver, antes de se passar à realização desta ideia: convencer as pessoas de que é possível e está na sua mão.